SIBGRAPI'97 - Ata da Reunião Plenária

CEGRAPI - Comissão Especial de Computação Gráfica e Processamento de Imagens
Sociedade Brasileira de Computação

Ata da Reunião Plenária de 1997 realizada em Campos do Jordão, 15 de outubro de 1997

Mesa

Ata

  1. A reunião foi aberta por Marcio L. Netto às 19 horas e 30 minutos, que passou a palavra ao Presidente da Comissão de Programa, Luiz Henrique, para os comentários sobre o trabalho que ele coordenou com vistas à definição da programação técnica do SIBGRAPI'97.
  2. Luiz Henrique expôs os dados relativos aos trabalhos submetidos e aceitos, da seguinte forma. Na categoria Artigos foram submetidos 76 trabalhos, dos quais 40 foram aceitos (28 redigidos em inglês e 12 em português). Na categoria Trabalhos em Andamento, a comissão de programa recebeu 16 submissões, sendo aceitas 10. Adicionalmente, 1 trabalho submetido como artigo, mas no formato de trabalhos em andamento, foi aceito nesta última categoria, perfazendo um total de 11 Trabalhos em Andamento. As 4 submissões na categoria Aplicações foram aceitas, enquanto dos 6 trabalhos de Iniciação Cientifica, 5 foram aceitos. Os artigos escritos em inglês foram publicados em anais impressos pela IEEE Computer Society. Todos os trabalhos em todas as categorias, incluindo cursos, constam no CD-ROM. O processo de avaliação foi baseado novamente no correio eletrônico, prática já aprovada em anos anteriores. Nesta edição do SIBGRAPI, foram introduzidos novos formulários e foi mantida a possibilidade de réplica dos autores, para contestação das avaliações. Uma vez recebidos todos os trabalhos, Luiz Henrique listou-os e disponibilizou abstracts de modo que os membros da Comissão de Programa pudessem indicar quais trabalhos seus revisores locais poderiam julgar. Cada trabalho foi distribuído a três revisores. Os formulários de avaliação foram distribuídos para todos os membros da CP e enviados aos respectivos autores. Desse modo, a fase de réplicas dos autores deu-se durante o julgamento geral. Novamente, constatou-se que as réplicas não influenciam muito a decisão final da aceitação/rejeição dos trabalhos.
  3. Houve manifestações dos presentes, a respeito da submissão eletrônica, inclusive foi comunicada a disponibilidade de um sistema desenvolvido na UNICAMP, por Rogério Drummond, para esse fim. Foi salientado, entretanto, que uma característica presente em muitos dos artigos submetidos ao SIBGRAPI é a existência de imagens, cuja qualidade poderia ficar prejudicada, com a impressão dos trabalhos pelos membros da CP. Alternativas existem, como, por exemplo, a disponibilização das imagens para acesso via browser de WWW.
  4. Paulo Cezar Carvalho, coordenador dos Cursos, relatou que contou com uma comissão ad-hoc, local, nessa tarefa. Praticamente todas as propostas foram aceitas, havendo apenas um caso de fusão de dois grupos que haviam proposto o mesmo tema.
  5. A Mostra de Artes, organizada por Artemis Moroni, propôs a expor trabalhos em várias categorias, inclusive instalações interativas. Algumas das propostas não puderam ser concretizadas por falta de recursos. Artemis salientou que existe um grande público da área de Artes que poderia participar do SIBGRAPI, mas não o faz, porque a divulgação do evento não os atinge. A atual forma de divulgação, basicamente eletrônica, não os atinge, e são necessarios recursos para melhorar esse aspecto do evento, com material impresso.
  6. Várias manifestações aconteceram nesse momento, principalmente reconhecendo a ausência de estudantes no SIBGRAPI. O evento contou com cerca de 120 inscritos, dos quais vários eram apresentadores de trabalhos/cursos/palestras ou membros de comissões. Foi sugerido que o local e a época de realização do Simpósio não estão permitindo que estudantes comparecam em maior número. Junior Barrera opinou que a viabilização da participação de estudantes poderia se dar com a realização do SIBGRAPI próximo a uma universidade e em outra época. Roberto M. Cesar argumentou que poderiam ser utilizados os canais de TV universitários para divulgação do evento. Outros argumentos indicados como causadores da pouca presenca foram os formatos tanto de submissão como de apresentação dos trabalhos nas categorias Trabalhos em Andamento, Trabalhos de IC e Aplicações. Houve paralelismo dessas sessões com as de artigos, o local era isolado e o formato de submissão para Aplicações e para Trabalhos de IC foi considerado inadequado. Foi fortemente recomendado que as sessões de comunicações em posters sejam plenárias e realizadas, por exemplo, durante o coquetel. Foi ainda comentado que a publicação dos resumos dos trabalhos dessas categorias é fundamental.
  7. A seguir, Marcio L. Netto fez uma análise geral do SIBGRAPI relatando que a SBC não apoiou o evento na fase inicial de organização, quando não havia recursos de patrocinadores, e que a divulgação do evento foi falha em certos aspectos, o que poderia ser minimizado com a adoção de uma agência de turismo, que tambem fizesse esse papel. Sugeriu que a viabilidade do SIBGRAPI deve ser obtida empresarialmente, com a geração de recursos próprios e atração de empresas. Sugestões concretas nesse sentido foram dadas por André Battaiola: livros produzidos para os cursos poderiam receber a "chancela" do SIBGRAPI, e suas vendas posteriores trariam retorno financeiro ao evento; pequenas empresas de software poderiam apresentar seus produtos no SIBGRAPI, concorrendo a um "selo de qualidade" que poderia ser utilizado posteriormente para solicitação de apoio ao programa SOFTEX e a FAPESP. Quanto à divulgação, Battaiola sugere que cada um de nós, ao visitar uma Universidade, divulgue o SIBGRAPI. Outra alternativa de garantir maior penetração do SIBGRAPI no meio acadêmico e aumentar a participação de estudantes é a realização de Workshops específicos durante o SIBGRAPI. Constata-se que a alguns anos atrás, o SIBGRAPI era o único evento de divulgação de trabalhos pela comunidade de Computação Gráfica, Processamento de Imagens e Visão Computacional. Atualmente, existem vários Workshops (Multimidia, Realidade Virtual, Visão Cibernetica, Morfologia Matemática, Sensoriamento Remoto, GIS) e o proprio SEMISH que contam com a participação de parte da comunidade do SIBGRAPI. A realização concomitante de Workshops com o SIBGRAPI traria vantagens para todos. Essa integração pode tambem se dar com a implementação de "mini-tracks" nessas áreas, ao invés de Workshops independentes.
  8. Na sequência, Carla Freitas, representando a Comissão Executiva da CEGRAPI, colocou a necessidade de recompor a Comissão Executiva e eleger um presidente para a Comissão Especial. Esclareceu que formalmente, dentro da Sociedade Brasileira de Computação, existem a Comissões Especiais, cada uma com um Presidente. A CEGRAPI - Comissão Especial de Computação Gráfica e Processamento de Imagens - reune os sócios da SBC interessados e/ou atuantes em áreas relacionadas à Computação Gráfica e Processamento de Imagens. A comunidade atuante no SIBGRAPI e na propria Comissão Especial, entretanto, é bastante diversificada, incluindo não-socios da SBC. Marcelo Gattass esclareceu que, a alguns anos atras, polêmicas dentro das Comissões de Programa levaram à criação de uma Comissão Executiva, composta pelo Presidente da CEGRAPI e três outros membros, para concretizar ações que visavam harmonizar o trabalho das Comissões de Programa ao longo dos anos. Foram criadas as diretrizes gerais para as Comissões de Programa, as quais vem sendo aperfeiçoadas ano a ano. O objetivo foi, portanto, alcançado e, nos dois últimos anos, a Comissão Executiva não era mais atuante. Carla questionou se isso não significaria uma sugestão de extinção da Comissão Executiva. Em reposta, Marcelo Gattass sugeriu que Carla Freitas permanecesse na Presidencia da Comissão Especial, independente da extinção da Comissão Executiva. Carla expôs que não havia sido comunicada de sua indicação para a Presidência da CEGRAPI no SIBGRAPI'96, uma vez que não estava presente e não recebera a ata da reunião plenária daquele ano. Não havendo outras indicações, Carla aceitou permanecer na Presidência da Comissão Especial para o período 1997-1998. A seguir, Carla solicitou confimação da extinção da Comissão Executiva. Não havendo manifestações em contrário, a referida comissão foi extinta.
  9. Retornando a palavra a Marcio, este solicitou que Monica Costa expusesse os aspectos da organização da Mostra de Video. Monica relatou que foram submetidos 34 videos, nas categorias técnica e criação, dos quais 33 foram aceitos. Foi programada também uma Mesa Redonda sobre Animação, a ser realizada antes do Teatro Eletrônico. Monica relatou tambem que realizou a preparação de documentação sobre a organização da Mostra de modo a apoiar o coordenador da próxima Mostra.
  10. Na sequência, foi abordado o último item da pauta, qual seja, as decisões sobre o SIBGRAPI'98. Primeiramente, Luciano Fontoura da Costa (USP-São Carlos) foi indicado como presidente da Comissão de Programa do SIBGRAPI'98. Como consta nas diretrizes do SIBGRAPI, Luiz Henrique de Figueiredo é automaticamente membro da Comissão de Programa por ter sido o Presidente nesta edição. Não havendo candidatos para organizadores do SIBGRAPI'98, a decisão do local e época de realização ficou pendente, para ser discutida até o final do evento. Ficou ainda decidido que seria estudada a possibilidade de realização do Workshop de Morfologia Matemática dentro do SIBGRAPI'98.
  11. Nada mais havendo a tratar a reunião foi formalmente encerrada às 21 horas.

Adendos

  1. Realização dos SIBGRAPI'98 e '99: Nos dias subsequentes, foram contactados Paulo Cezar Carvalho do IMPA, Roberto Lotufo, Pedro Resende, Jorge Stolfi e Wu Shin Ting, da UNICAMP, e Luciano Dutra, do INPE, com vistas a organização do SIBGRAPI'98. O IMPA prontificou-se a ceder sua infra-estrutura para a realização do evento, mas sob a organização de outra instituição. Foi então escolhido Gilberto Camara, do INPE, para a presidência da Comissão Organizadora do SIBGRAPI'98. Gilberto gentilmente aceitou a missão. Marcelo Gattass garantiu, também, o apoio do TecGraf (PUC-Rio) ao evento. Leo Magalhães, da UNICAMP, contactado sobre a possibilidade de coordenar a organização do SIBGRAPI'99, em Campinas, também aceitou a proposta. Portanto, o SIBGRAPI'98 será realizado no Rio de Janeiro, sediado no IMPA, tendo Gilberto Camara (INPE) como Presidente da Comissão Organizadora e Luciano da Fontoura Costa (USP-São Carlos) como Presidente da Comissão de Programa, e o SIBGRAPI'99 ocorrerá em Campinas, numa realização conjunta da FEEC e IC (UNICAMP), sendo Leo Pini Magalhães o presidente da Comissão Organizadora.
  2. Sugestões coletadas para o SIBGRAPI'98: As seguintes sugestões foram coletadas/discutidas ao longo do Simpósio:
    1. Membros da Comissão de Programa devem divulgar o SIBGRAPI localmente e, se possível, coordenar a solicitação de auxílio as Fundações estaduais para os participantes de seu estado.
    2. Definir o quanto antes a estrutura preliminar do programa, com sessões técnicas em paralelo, sessões de posters plenárias e palestras convidadas plenárias. Principalmente para o convite aos palestrantes, é importante ter as datas definidas com antecedência. Os cursos poderiam ser colocados ao longo de todo o simpósio, pela manhã ou no final da tarde.
    3. Uma das palestras convidadas pode ser realizada logo após a abertura, outra antecedendo o encerramento do Simpósio, para a manutenção do público durante todo o evento.
    4. Luiz Henrique sugere uma divisão das tarefas do Presidente da Comissão de Programa entre mais pessoas, principalmente para organizar anais, website e CD-ROM.
    5. A confecção do CD-ROM deve ter prioridade sobre a impressão dos anais.

Esta ata foi redigida por Carla Freitas e gentilmente revisada por alguns membros da CEGRAPI.
Eventuais correções e questionamentos podem ser enviados diretamente para carla@inf.ufrgs.br.


Last update: Thu Nov 27 14:51:37 GRNLNDST 1997 by lhf.